10º Grupo de Artilharia de Campanha de Selva (10º GAC Sl)
A origem do 10º GAC Sl remonta à II Guerra Mundial. Em 1942, o Brasil rompeu relações diplomáticas com os países do Eixo e permitiu que os Estados Unidos da América utilizassem as bases de Salvador, Recife e Natal, além de iniciar sua preparação para o envio de tropas ao Teatro de Operações da Europa.
Tal fato levou à criação, em maio de 1942, do II/5º Regimento de Artilharia de Divisão de Cavalaria (II/5º RADC), que foi instalado provisoriamente no aquartelamento do 1º Grupo de Obuses, sediado no Rio de Janeiro-RJ.
Em setembro desse mesmo ano, o II/5º RADC embarcou com destino ao Nordeste, especificamente para a cidade de Fortaleza-CE, onde se instalou. Em 1º de julho de 1946, com o término da Guerra, o II/5º RADC passou a ser denominado de 10º Grupo de Artilharia Transportada 75 mm (10º GAT 75), fato que marcou sua vocação para o preparo profissional e cumprimento das diversas missões. Esta data foi de tamanha importância que passou a ser considerada o aniversário da OM.
Em 28 de setembro de 1954, ao receber os transportadores, que deram mais velocidade às peças nos deslocamentos motorizados, passa a chamar-se 10º Grupo de Artilharia 75-Transportado (10º GA 75 T).
Fruto da evolução da Força Terrestre, em 22 de dezembro de 1961, o 10º GA 75 T recebeu os poderosos obuseiros 105mm em substituição ao canhão Krupp, momento em que passou a ser denominado de 10º Grupo de Obuses 105 mm (10º GO 105). Este nome resistiu até 29 de janeiro de 1975, momento em que recebeu a denominação de 10º Grupo de Artilharia de Campanha (10º GAC).
Através da Portaria Nr 259, de 31 de maio de 2001, o 10º GAC passou a ser denominado de 10º Grupo de Artilharia de Campanha de Selva (10º GAC Sl) e teve sua sede transferida para a cidade de Boa Vista-RR, ocupando as instalações do extinto 33º GAC Sl, a contar de 1º de janeiro de 2002. Em uma despedida simbólica, em 09 de novembro de 2001, o 10º GAC realizou o último tiro de artilharia em terras cearenses.
Ao instalar-se nas terras roraimenses, o Grupo foi dotado com o Obus 105 mm Oto Melara, por ser um material que adapta-se às necessidades da região amazônica. No ano de 2005, a OM realizou a experimentação doutrinária do material, sob a coordenação do COTER, desenvolvendo uma doutrina de emprego voltada para o ambiente operacional da Selva Amazônica.
No dia 14 de março de 2015, o 10º Grupo de Artilharia de Campanha de Selva recebeu a denominação histórica de “Grupo General Manoel Theophilo Neto”, figura singular na história do Grupo e da Arma de Artilharia.